Reconheço que tenho o dom ou o defeito de falar quando não devo e onde não fica bem.
Odeio o silêncio profundo que resta da conversa inadequada.
Não me atrevo a remediar.
Saiu.
Não volta a entrar.
Pergunto-me, vezes sem conta:
- Porque não sabes ficar calada?
E volta a acontecer. É mais forte do que eu.
Espero, sempre, ter aprendido, desta vez.
Tenho que treinar, pensar e não falar.
Pensar é permitido.
Por outro lado, reconheço que não falo quando tenho bons motivos e boas oportunidades.
Se gritasse o que devo, e, falasse em tom que magoasse talvez me tivessem levado a sério...
Não façam como eu faço ou fiz.
Oiçam a vossa voz interior, ela tem razão.