25/12/2015

O dia seguinte





Dia de Natal.


Pela manhã.


Pé ante pé.


Desarrumação.


Sala desfeita, qual vendaval, qual tornado.


Sofá livre. 


Café na mão.


Outrora criança, ansiando por este momento, descobrir brinquedos e novidades, desembrulhadas à pressa, na noite anterior.


Hoje adulta, ansiando por este momento, contemplação, recordações e pouca vontade de voltar a arrumar.


O tempo passa, mudam as prioridades, mudam expetativas, mudam os sonhos...


De repente, fica um vazio, um silêncio, uma tristeza...


Não pode ser.


Dizem que é tempo de alegria.


Que assim seja, mas que não seja só porque é Natal.