19/09/2015


Rótulos


Temos a noção de que ninguém gosta de ser rotulado com um rótulo que seja, à partida, depreciativo.
Quando conhecemos uma pessoa, logo no primeiro instante, alguém se abeira, e, julgando conhecer essa pessoa, melhor do que ninguém, avisa, dizendo:
- Olha que é assim!...
- Olha que é assado!
Quem não conhece julga passar a conhecer, bem melhor, pelo rótulo que lhe indicaram.
Acontece que nem sempre o que consta do rótulo, corresponde à realidade. O que é bom, para uns, pode ser uma grande mistela, para outros.
Existem rótulos que nunca devem ser aplicados. 
Não julgues os outros por ti próprio. 
Não julgues os outros se não queres ser julgado.
Este tipo de situação não acontece apenas com pessoas que se conhecem, por acaso.
Há que ter em atenção o rótulo que os próprios pais colocam nos seus filhos. Podem não fazer por mal mas podem prejudicar...
Quando apresenta o seu filho a um professor, a um colega de trabalho, a um amigo costuma sempre descrever as suas atitudes, os seus comportamentos, os seus defeitos, as suas virtudes.
Conselho amigo, deixe que sejam essas pessoas a descobrir por elas próprias.
Se considerar o seu filho preguiçoso, não mencione essa característica, pode ser que ele mude, mesmo devagar, e, o professor descubra que ele até é uma criança bastante trabalhadora.
Quando se referir aos seus filhos valorize os seus aspetos positivos. Enalteça as suas qualidades. Demonstre orgulho e respeito pela criança que é, nesse momento.
Se não for assim, terá, a seu devido tempo, o registo na caderneta do aluno. 
Entretanto, relaxe. 
A sua atitude controladora também influencia o comportamento de quem a rodeia. Pense que o problema pode estar em si.
Por isso, por enquanto, deixe o rótulo descolado...